sexta-feira, 23 de abril de 2010

A inerente soberania do tempo


Torna-se exaustivo confessar a demasia intervenção do tempo na vida. É indiscutível ainda, o tanto que estamos atrelados aos limites dele e a vulnerabilidade que ele nos concede. Agindo também, como um “Poder Moderador” no cotidiano de cada indivíduo.

É o tempo que dita como agimos, quando agimos, se agimos. Para os mais impacientes, ele se transforma em antagonista facínora, cruel e detentor de toda soberania invejada pelos mais apressados. Tem gente que se arrisca dizendo que; “tudo na vida tem um tempo”, entretanto, será que tem tempo pra ter tempo na vida?

O tempo é responsável pelos horários coercíveis, pela concepção de “mundo mágico e singelo” quando crianças, pelas vontades retraídas quando adultos, pelo brotar da rosa e o falecimento de quem mais amávamos. É ele também, que obstrui as abrangências mais possíveis. Não se pode amadurecer por conta própria, tampouco adiantar as situações ou triunfos que mais almejamos. E como ele não para, não temos tempo pra ter tempo, ter tempo no tempo é uma façanha impossível. A monopolização do mesmo além de imbatível, é variante, com o tempo, “nada é, tudo pode ser!”.

É irrefutável, portanto, o quão estamos aprisionados ao tempo, inegável que ele intervém nas nossas decisões e as determina com desfechos, às vezes, inexplicáveis que só serão entendidos depois de descobertas.

Por Ana Paula Lins.

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