domingo, 5 de setembro de 2010

A politização como necessidade


Se aproxima, cada vez mais, o momento em que o brasileiro põe em prática a democracia através do voto. Essa participação incorpora fatores diversos, inclusive questionamentos acerca da responsabilidade e da consciência política dos eleitores, que por muitas vezes são revestidas de dúvidas unidas a falta de informação e interesse.
A despolitização no Brasil possui hereditariedade histórica e ainda vasta amplitude. Lastimavelmente, a falta de estímulo político atinge várias classes e faixas etárias. O que impossibilita, de maneira lógica, a construção de uma “educação politizada” transcendente, capaz de gerar indivíduos preparados para construir soluções a fim de amenizar as mazelas sociais. Assim, torna-se inevitável a ignorância diante dos processos nacionais e a falta de criticidade sobre os candidatos aos cargos representativos da população. Esta, às vezes, talvez por conta da pouca memorização, age contraditoriamente elegendo pessoas que já possuem histórico negativo e que emitem discursos nitidamente falsos.
O modo desinteressado da parte majoritária brasileira em relação à política não fere apenas princípios de cidadania. Violam também premissas de participação do que acontece num Estado e como este trata certas situações. Parece que mesmo obedecendo à jurisdição daquele, para algumas pessoas, é pouco válido saber os motivos de tudo isso. E, muitas das mesmas, tentam transferir a culpa dos problemas que assolam o país para os representantes políticos, como forma de comodismo e também de efeito imediato para direcionar a culpa.
É fato que a política não é um tema que instiga muitos sujeitos e que necessita de uma análise mais apurada quando se trata da própria. É preciso mais compenetração das pessoas acerca disso, para que o bem comum não seja defendido apenas por órgãos estatais, mas também por todos que usufruem de medidas de interesse geral.

POR ANA PAULA G. LINS.

terça-feira, 29 de junho de 2010

As palavras como sinais


As palavras são sinalizações,
Não são placas de trânsito, são placas do pensamento.
Os léxicos possuem sinais que por sua vez possuem significação.
Mas nem sempre as significações são ditas por palavras
Elas podem deixar de meras formalidades para concretizações.
Há quem diga que essa é a melhor forma de ser honesto.
Como também podem ser guardadas.
Tornadas inerentes ao corpo,
Inexoráveis ao tempo.
E com o tempo, podem também se desfazerem,
Com a mutabilidade constante dos seres
Acontecendo o que acontece com a maioria das coisas sólidas..
Se tornando invisível ao que não é perceptível ao olho humano.

(LINS, Ana Paula Gonçalves)

sexta-feira, 23 de abril de 2010

A inerente soberania do tempo


Torna-se exaustivo confessar a demasia intervenção do tempo na vida. É indiscutível ainda, o tanto que estamos atrelados aos limites dele e a vulnerabilidade que ele nos concede. Agindo também, como um “Poder Moderador” no cotidiano de cada indivíduo.

É o tempo que dita como agimos, quando agimos, se agimos. Para os mais impacientes, ele se transforma em antagonista facínora, cruel e detentor de toda soberania invejada pelos mais apressados. Tem gente que se arrisca dizendo que; “tudo na vida tem um tempo”, entretanto, será que tem tempo pra ter tempo na vida?

O tempo é responsável pelos horários coercíveis, pela concepção de “mundo mágico e singelo” quando crianças, pelas vontades retraídas quando adultos, pelo brotar da rosa e o falecimento de quem mais amávamos. É ele também, que obstrui as abrangências mais possíveis. Não se pode amadurecer por conta própria, tampouco adiantar as situações ou triunfos que mais almejamos. E como ele não para, não temos tempo pra ter tempo, ter tempo no tempo é uma façanha impossível. A monopolização do mesmo além de imbatível, é variante, com o tempo, “nada é, tudo pode ser!”.

É irrefutável, portanto, o quão estamos aprisionados ao tempo, inegável que ele intervém nas nossas decisões e as determina com desfechos, às vezes, inexplicáveis que só serão entendidos depois de descobertas.

Por Ana Paula Lins.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

A monopolização da mídia


É inquestionável o amplo poder de influência exercido pela mídia na sociedade através dos meios de comunicação. Além de interferir diretamente nas relações humanas, a manipulação feita pela mesma é fator opulente e crucial para a propagação do sensacionalismo.
Seja pela televisão, pelo rádio e até mesmo por meio da Internet, aquilo que é transmitido via potência publicitária é refletido nos costumes e é responsável por questões educacionais. Essas últimas estão sofrendo modificações com o pouco discernimento dado para abstrair programações e com a falta de equilíbrio informativo do que é passado ao telespectador.
Tais fatos têm contribuído consideravelmente no crescimento da alienação pessoal. Sobretudo, no que se diz respeito ao comportamento dos jovens perante as mazelas sociais e o grande interesse em vangloriar estereótipos comportamentais, estéticos e ideais capitalistas, grande exemplo disso é o consumismo exacerbado.
A preponderância da mídia na população é uma verdade incontestável atualmente. Portanto, a própria necessita ter cautela e o senso crítico no momento de propalar conteúdos que sejam indispensáveis para a formação do cidadão.

Por Ana Paula G. Lins.

Troca de Favores


Possa parecer falta de caráter, agir com interesse, ajudar pensando em uma réplica parecida. No entanto, a troca de favores é inerente a sociedade moderna, dependência social é algo muito comum no grupo que se tem convivência. Certo dia você ajuda alguém a se levantar e o menos esperado acontece, em outro momento o mesmo que ajudou em outrora, é o ajudado da vez. Muitos definem isso com a frase que assevera que “o mundo dá voltas”. Não que aquilo seja uma regra determinada com rigidez, mas há uma grande probabilidade de que ocorra e é inevitável admitir. Talvez, se esta imagem interesseira que a troca de favores carrega consigo fosse analisada, haveria possibilidade de ressaltar algo importante positivo. Realizar uma ação solidária é satisfatório, sobretudo quando não nos importamos se seremos recompensados, é até altruísta. Entretanto, ajudar a mesma pessoa repetidas vezes ou contribuir com esforço para uma situação inúmeras doses e não receber nenhuma gratificação, é desestimulador. Ser ajudante não é um ato que pode ocorrer sem vontade, agir de tal forma é ser obrigado, é ser pressionado. Indiscutível afirmar que o homem gosta de ser gratificado, ele precisa disso para ser estimulado a ajudar novamente, para não medir esforços e ultrapassar barreiras a fim de ser útil. Portanto, definir “troca de favores” como algo importante não é afirmar que és pretensioso, é ratificar que até para ajudar as pessoas repetidas vezes precisa-se de incentivo, de resultado recíproco ou positivo.

Por Ana Paula G. Lins.

Hipocrisia Humana


Há fatos que são considerados incontestáveis, até que se prove o contrário, e mesmo provando, existirão aqueles que entrarão em oposição. A determinação da profissão mais velha, da civilização mais opulente, da criação mais fundamental e assim sucessivamente. Quase tudo depende de um ponto de vista, para muitos, a prostituição não é a profissão mais antiga, os tantos Impérios não foram os sinônimos de riqueza, a energia não foi a mais importante das invenções. Particularmente, a hipocrisia do ser humano é uma realidade mais remota e indiscutível, é impossível viver com tranqüilidade se não houver momentos que ela sirva como uma “válvula de escape’’. Quem ousa admitir que nunca usou dela é o verdadeiro hipócrita! Aquele que diz te amar e realizar os atos mais sacanas fora da sua vista. Aquele que adora demonstrar a devoção por alguém e faz de tudo para que o mesmo permaneça afastado. Aquele que te descreve positivamente numa lista, na verdade, imagina tudo ao contrário e ainda faz críticas severas. Aquele que vive esperando a situação mais oportuna para te rebaixar.O fingimento é nato do ser humano, no entanto, a hipocrisia não é e nunca será bem utilizada por todos. Para ser um mestre, não se pode ser efusivo, fica muito explícito. A hipocrisia na sociedade deve ser superficial, não ri muito pra alguém, nem diz muito que o ama, se não, banaliza. A tática é ser amigável, mesmo querendo estrangular, conter sentimentos é o principal obstáculo. Dessa forma que funciona o ambiente adulto e as relações formadas por essa faixa etária. Contudo, não se assuste, a hipocrisia é uma característica hereditária comum, todos temos, o importante é dosar, afinal tudo deve ser usado de forma inteligente.POR ANA PAULA G. LINS