sexta-feira, 23 de abril de 2010

A inerente soberania do tempo


Torna-se exaustivo confessar a demasia intervenção do tempo na vida. É indiscutível ainda, o tanto que estamos atrelados aos limites dele e a vulnerabilidade que ele nos concede. Agindo também, como um “Poder Moderador” no cotidiano de cada indivíduo.

É o tempo que dita como agimos, quando agimos, se agimos. Para os mais impacientes, ele se transforma em antagonista facínora, cruel e detentor de toda soberania invejada pelos mais apressados. Tem gente que se arrisca dizendo que; “tudo na vida tem um tempo”, entretanto, será que tem tempo pra ter tempo na vida?

O tempo é responsável pelos horários coercíveis, pela concepção de “mundo mágico e singelo” quando crianças, pelas vontades retraídas quando adultos, pelo brotar da rosa e o falecimento de quem mais amávamos. É ele também, que obstrui as abrangências mais possíveis. Não se pode amadurecer por conta própria, tampouco adiantar as situações ou triunfos que mais almejamos. E como ele não para, não temos tempo pra ter tempo, ter tempo no tempo é uma façanha impossível. A monopolização do mesmo além de imbatível, é variante, com o tempo, “nada é, tudo pode ser!”.

É irrefutável, portanto, o quão estamos aprisionados ao tempo, inegável que ele intervém nas nossas decisões e as determina com desfechos, às vezes, inexplicáveis que só serão entendidos depois de descobertas.

Por Ana Paula Lins.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

A monopolização da mídia


É inquestionável o amplo poder de influência exercido pela mídia na sociedade através dos meios de comunicação. Além de interferir diretamente nas relações humanas, a manipulação feita pela mesma é fator opulente e crucial para a propagação do sensacionalismo.
Seja pela televisão, pelo rádio e até mesmo por meio da Internet, aquilo que é transmitido via potência publicitária é refletido nos costumes e é responsável por questões educacionais. Essas últimas estão sofrendo modificações com o pouco discernimento dado para abstrair programações e com a falta de equilíbrio informativo do que é passado ao telespectador.
Tais fatos têm contribuído consideravelmente no crescimento da alienação pessoal. Sobretudo, no que se diz respeito ao comportamento dos jovens perante as mazelas sociais e o grande interesse em vangloriar estereótipos comportamentais, estéticos e ideais capitalistas, grande exemplo disso é o consumismo exacerbado.
A preponderância da mídia na população é uma verdade incontestável atualmente. Portanto, a própria necessita ter cautela e o senso crítico no momento de propalar conteúdos que sejam indispensáveis para a formação do cidadão.

Por Ana Paula G. Lins.

Troca de Favores


Possa parecer falta de caráter, agir com interesse, ajudar pensando em uma réplica parecida. No entanto, a troca de favores é inerente a sociedade moderna, dependência social é algo muito comum no grupo que se tem convivência. Certo dia você ajuda alguém a se levantar e o menos esperado acontece, em outro momento o mesmo que ajudou em outrora, é o ajudado da vez. Muitos definem isso com a frase que assevera que “o mundo dá voltas”. Não que aquilo seja uma regra determinada com rigidez, mas há uma grande probabilidade de que ocorra e é inevitável admitir. Talvez, se esta imagem interesseira que a troca de favores carrega consigo fosse analisada, haveria possibilidade de ressaltar algo importante positivo. Realizar uma ação solidária é satisfatório, sobretudo quando não nos importamos se seremos recompensados, é até altruísta. Entretanto, ajudar a mesma pessoa repetidas vezes ou contribuir com esforço para uma situação inúmeras doses e não receber nenhuma gratificação, é desestimulador. Ser ajudante não é um ato que pode ocorrer sem vontade, agir de tal forma é ser obrigado, é ser pressionado. Indiscutível afirmar que o homem gosta de ser gratificado, ele precisa disso para ser estimulado a ajudar novamente, para não medir esforços e ultrapassar barreiras a fim de ser útil. Portanto, definir “troca de favores” como algo importante não é afirmar que és pretensioso, é ratificar que até para ajudar as pessoas repetidas vezes precisa-se de incentivo, de resultado recíproco ou positivo.

Por Ana Paula G. Lins.

Hipocrisia Humana


Há fatos que são considerados incontestáveis, até que se prove o contrário, e mesmo provando, existirão aqueles que entrarão em oposição. A determinação da profissão mais velha, da civilização mais opulente, da criação mais fundamental e assim sucessivamente. Quase tudo depende de um ponto de vista, para muitos, a prostituição não é a profissão mais antiga, os tantos Impérios não foram os sinônimos de riqueza, a energia não foi a mais importante das invenções. Particularmente, a hipocrisia do ser humano é uma realidade mais remota e indiscutível, é impossível viver com tranqüilidade se não houver momentos que ela sirva como uma “válvula de escape’’. Quem ousa admitir que nunca usou dela é o verdadeiro hipócrita! Aquele que diz te amar e realizar os atos mais sacanas fora da sua vista. Aquele que adora demonstrar a devoção por alguém e faz de tudo para que o mesmo permaneça afastado. Aquele que te descreve positivamente numa lista, na verdade, imagina tudo ao contrário e ainda faz críticas severas. Aquele que vive esperando a situação mais oportuna para te rebaixar.O fingimento é nato do ser humano, no entanto, a hipocrisia não é e nunca será bem utilizada por todos. Para ser um mestre, não se pode ser efusivo, fica muito explícito. A hipocrisia na sociedade deve ser superficial, não ri muito pra alguém, nem diz muito que o ama, se não, banaliza. A tática é ser amigável, mesmo querendo estrangular, conter sentimentos é o principal obstáculo. Dessa forma que funciona o ambiente adulto e as relações formadas por essa faixa etária. Contudo, não se assuste, a hipocrisia é uma característica hereditária comum, todos temos, o importante é dosar, afinal tudo deve ser usado de forma inteligente.POR ANA PAULA G. LINS